Segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira 29, são 13,1 milhões de trabalhadores em busca de ocupação
A taxa de desocupação no Brasil voltou a crescer no trimestre encerrado em fevereiro de 2018, atingindo 12,6%. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada na quinta-feira 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 13,1 milhões de trabalhadores em busca de ocupação. No trimestre encerrado em novembro, a taxa era de 12% e de 12,2% no encerrado em janeiro.
Em números absolutos, o resultado representa mais 550 mil pessoas em busca de emprego, entre um trimestre e outro. Segundo coordenador de Trabalho e Rendimento, Cimar Azeredo, nessa época do ano o crescimento da taxa é um movimento esperado. “Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano”, explicou.
População ocupada cai 0,9%
A pesquisa mostrou que a população ocupada nesse período caiu em cerca de 858 mil postos de trabalho, com redução de 407 mil empregos no setor privado sem carteira e de 358 mil no setor público. Empregados com carteira ficou estável, com 33,1 milhões de trabalhadores, porém foi o pior resultado em números absolutos da série histórica iniciada em 2012. A categoria empregador e conta própria também ficaram estáveis.
A queda de postos de trabalho foi verificada principalmente no grupamento que reúne as atividades de administração pública, defesa, seguridade, educação, educação, saúde e serviços sociais (menos 435 mil ocupados); Construção (menos 277 mil) e Indústria (menos 244 mil).
Mesmo crescendo, a taxa de desocupação divulgada hoje (12,6%) representa melhoria no mercado de trabalho em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa chegou a 13,2% e alcançou 13,5 milhões de pessoas desocupadas, o pior resultado para esse trimestre na série histórica.
Fonte: Carta Capital