Coordenadora da campanha #carnavalsemassedio indica como se proteger diante da situação
Carnaval é época de folia, música, fantasia, diversão, mas também de muitos excessos e violência, principalmente contra as mulheres. O assédio diário se intensifica durante a festa mais esperada do ano. Nos últimos anos, diversas campanhas contra o assédio foram lançadas numa tentativa de diminuir os abusos praticados contra as mulheres durante os blocos, trios elétricos e festas. Em 2018, uma das campanhas lançadas é a #carnavalsemassedio, coordenada por Paula Lago, que responde a pergunta da ouvinte no quadro Fala Aí desta semana.
“Meu nome é Roberta Santos, tenho 25 anos, sou vendedora e gostaria de saber como, durante o carnaval, a gente faz se ver algum caso de assédio? Como se defender e denunciar?”
“Oi Roberta, eu sou a Paula Lago, sou coordenadora da campanha #carnavalsemassedio, promovida pelo Catraca Livre e acho que posso ajudar da seguinte forma: a gente vê muitos casos de assédio no carnaval e o jeito mais tranquilo para você resolver isso é deixar claro para as pessoas que estão a sua volta que está sofrendo assédio, que você está sendo vítima de algum tipo de violência. Por isso que uma das dicas principais é que você procure não andar sozinha no carnaval de rua, porque você se torna uma vítima um pouco mais vulnerável. Infelizmente, a situação é desta forma, então, um dos caminhos, se estiver acompanhada, combinar algum sinal com seus amigos, para que eles saibam, percebam que você não está sendo bem tratada, que você está sendo vítima de algum assédio, de algum abuso. Outro caminho, é você fazer uma denúncia oficial, isso a gente fala para todas as mulheres que sofrem assédio no carnaval, que é usar o Ligue 180. Porque a partir deste ato é que o poder público vai registrar o que aconteceu com você e isso vai se transformar numa estatística que aumenta cada ano, porque as mulheres estão cada vez mais falando sobre esse tipo de problema, e isso faz com que a gente tenha um mecanismo de pressionar para que seja criado uma política pública que atue contra este problema. Ligue 180 ou vá até uma delegacia da mulher e procure atendimento “, conclui a coordenadora.
Fonte: Brasil de Fato