IBGE: desemprego médio atinge 12,7% em 2017, o maior desde 2012

672

Brasil ainda tem 12,3 milhões de pessoas em busca de trabalho

Pixabay

Apesar da queda contínua da taxa de desemprego ao longo do ano passado o Brasil encerrou 2017 com 12,3 milhões de trabalhadores em busca de trabalho. A taxa de desocupação no trimestre encerrado em dezembro foi de 11,8%, uma queda na comparação com os três meses imediatamente anteriores, encerrados em setembro, 12,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Mensal, do IBGE, divulgada nesta quarta-feira 31.

No ano, porém, a taxa média de desocupação no mercado de trabalho brasileiro foi de 12,7%, a mais alta desde 2012, início da série de medições. Em relação a 2014, quando a taxa média de desocupação atingiu o menor patamar da série do IBGE, 6,8%, a diferença foi de 5,9 pontos percentuais.

informalidade seguiu dando o tom ao comportamento da taxa de desemprego ao longo de 2017.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada, que atingiu 33,3 milhões, ficou estável no último trimestre do ano em relação ao anterior e recuou 2% em relação ao mesmo trimestre de 2016. Comparando-se as médias anuais de 2014 para 2017, esse contingente se reduziu em 3,3 milhões.

O número de empregados sem carteira de trabalho assinada, um total de 11,1 milhões de pessoas, também ficou estável na comparação entre os últimos dois trimestres de 2017, mas subiu 5,7% em relação ao mesmo trimestre de 2016. Entre as médias anuais de 2014 para 2017, houve um aumento de 330 mil pessoas nesse contingente.

A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,2 milhões de pessoas) cresceu 1,3% na comparação com o trimestre julho-setembro (mais 288 mil pessoas). Em relação ao mesmo período de 2016, houve alta de 4,8% (mais 1,1 milhão de pessoas). Nas médias anuais, em 2012, o trabalho por conta própria envolvia cerca de 22,8% dos trabalhadores (20,4 milhões) e, em 2017, passou a representar 25,0% (22,7 milhões).

Renda em recuperação

O rendimento médio dos trabalhadores foi estimado em 2.141 mil reais ao fim de 2017, alta de 2,4% em relação a 2016. O crescimento, no entanto, não foi sequer suficiente para compensar a baixa inflação apurada no ano passado, de 2,95%. Na comparação com 2012, foi registrado aumento de 4,4%. Em relação a 2014, o quadro foi de estabilidade.

A massa de rendimento médio – que é a soma do que foi recebido por todos os trabalhadores, atingiu 189.155 bilhões de reais, com alta semelhante ao rendimento médio, 2,6%. Na comparação com 2012, foi registrado avanço de 6,8%.

Fonte: Carta Capital