Mercado de trabalho segue sua ‘recuperação’ com emprego informal

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Taxa de desemprego diminui no trimestre com vagas sem carteira e de autônomos, mas segue maior do que em 2016. País tem 12,571 milhões de desempregados

(Foto: Márcia Folleto / Agência Brasil)

A taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em novembro em 12%, queda na comparação com agosto (12,6%) e ainda acima de igual período de 2016 (11,9%). Dado estatisticamente positivo, o recuo nos últimos meses continua se dando, basicamente, pelo emprego informal, menos seguro, já que as vagas com carteira não crescem. Assim, o crescimento do número de vagas se dá pela substituição de formais por informais no mercado de trabalho. Em um ano, o país ganhou 1,7 milhão de ocupações, todas sem carteira.

Segundo o IBGE, que divulgou hoje (29) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o país tem estimados 12,571 milhões de desempregados, 543 mil a menos (-4,1%) do que em agosto e 439 mil a mais (3,6%) do que há um ano. O emprego com carteira assinada no setor privado cai nas duas comparações: menos 194 mil (-0,6%) e menos 857 mil (-2,5%).

Já o emprego sem carteira mostra crescimento significativo. No trimestre, tem expansão de 3,8%, com acréscimo de 411 mil vagas. Ante novembro de 2016, aumenta 6,9%, mais 718 mil ocupações. O número de trabalhadores por conta própria também sobe, de acordo com o IBGE: mais 193 mil em três meses (0,8%) e 1,101 milhão em um ano (5%).

Como também em um ano foram criadas 1,738 milhão de ocupações no país (expansão de 1,9%), pode-se dizer que essas novas vagas são do emprego informal. Há também crescimento do trabalho doméstico, menor remunerado – e um sinal de volta de um contingente de pessoas a esse setor: 3,5% em três meses (217 mil) e 4,1% em 12 meses (250 mil).

Há um ano, os empregados com carteira representavam 37,8% dos ocupados. Agora, são 36,1%. Os sem carteira passaram de 11,6% para 12,1% e os trabalhadores por conta própria, de 24,3% para 25%.

Entre os setores, de agosto para novembro, o IBGE mostra crescimento em comércio/reparação de veículos, serviços de informação/comunicação, atividades financeiras e imobiliárias e no emprego doméstico. Em relação a 2016, sobe a ocupação na indústria, comércio, serviços de informação/comunicação, alimentação e alojamento, além do trabalho doméstico. Cai o emprego na agricultura. Os demais ficam estáveis.

Estimado em R$ 2.142, o rendimento médio dos ocupados foi considerado estável em ambas as comparações. A massa de rendimentos (calculada em R$ 191,918 bilhões) sobe 2% e 4,5%, respectivamente, pela maior ocupação.

Fonte: Rede Brasil Atual