Ela estava dormindo quando foi acordada com puxões de cabelo. Ao tentar pedir ajuda, foi surpreendida com a água quente sobre ela.
O crime aconteceu em Presidente Figueiredo, a 120 quilômetros de Manaus, na manhã do último sábado (16). O ajudante de caldeira Jeferson Rios da Silva (foto), 22, queimou o rosto da companheira dele com água fervente. Ele se apresentou nesta segunda-feira (18) à Polícia Civil, na presença de um advogado, na sede 37ª Delegacia Integrada de Polícia (DIP). Ele confessou o crime, alegou legítima defesa e foi liberado.
De acordo com o delegado Valdnei Silva, titular da 37ª DIP, Jeferson foi ouvido assim que chegou à unidade policial. Ele confirmou o crime e disse que despejou água fervente na vítima, uma maquiadora de 20 anos, causando queimaduras de segundo grau na orelha dela e também queimando o rosto, braços e mãos da moça.
Segundo o delegado Valdinei, o homem alegou legítima defesa e, em seguida, foi indiciado por lesão corporal no âmbito da violência doméstica e liberado. “Ouvimos a versão dele, mas ainda falta ouvir a vítima e as testemunhas. Caso seja necessário, iremos representar pela prisão dele”, destacou o delegado Valdnei Silva.
A vítima também conversou com a Polícia Civil na manhã de hoje, mas fez isso na sede da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), de Manaus. À tarde, a moça deve prestar depoimento diretamente ao delegado Valdnei Silva.
Ferveu água e jogou
O crime aconteceu no último sábado (16) na residência do casal, no bairro Galo da Serra, em Presidente Figueiredo. Segundo a vítima, Jeferson chegou do trabalho naquela manhã, por volta das 9h, ferveu água numa panela e, em seguida, colocou debaixo da cama do casal. Ela estava dormindo quando foi acordada com puxões de cabelo. Ao tentar pedir ajuda, foi surpreendida com a água quente sobre ela.
A mulher foi socorrida pelos pais de Jeferson e em seguida levada ao hospital da cidade. Após os primeiros socorros, ela foi transferida para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, em Manaus. Ela recebeu alta no mesmo dia e segue fazendo tratamento em casa.
“Ele chegou em casa e já me acordou desse jeito. A gente já vinha brigando há algum tempo por ciúmes dele e eu disse que queria vir embora para a casa da minha mãe, em Manaus. Ele então chegou a cortar quase todas as minhas roupas, mas depois conversamos e ficamos relativamente bem. Tomei um susto quando acordei sendo agredida”, disse a vítima, visivelmente abalada. Segundo ela, não foi a primeira agressão cometida por Jeferson.
Fonte: Revista Fórum