Por assessoria de imprensa
Nos últimos meses foram mais de cinquenta demissões. O clima é de alarme e desespero nos locais de trabalho – ou ex-trabalho para muitos. A meta da FIERN é atingir 100 demissões. São trabalhadores e trabalhadoras que passam a se sentirem desamparadas(os) por um sistema que reza inclusão social, mas promove o horror do desemprego com o objetivo de favorecer uma minoria de industriários privilegiados pelo poder econômico.
Nas unidades do Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL) o palavrão “Tá demitido!” é a onda do momento. Uma maneira brutal, desumana, de manter a riqueza dos poderosos à custa do desemprego que tira o pão da boca de muitas famílias.
Em nome da ganância da indústria os interesses do trabalhador são jogados na lata de lixo, juntamente com os valores institucionais, como Ética, Valorização das pessoas e Responsabilidade social.
Dessa forma os dirigentes e gestores do sistema FIERN colocam no centro de sua estratégia o mapa do desemprego como prioridade de gestão e otimização de recursos. Assim, a vida dos(as) trabalhadores(as) é tratada a pontapés pelo sistema.
O valor das pessoas, que devia ser a meta desse sistema, está dando lugar a incerteza com a ameaça do desemprego. O falso Programa de Demissão Voluntária (PDV) não atingiu o verdadeiro propósito da FIERN, que então decidiu ir além e demitir de qualquer jeito.
Pois é, ao invés de empregabilidade o sistema promove o inverso, que são as demissões em massa, contribuindo para aumentar a taxa de desemprego no Brasil. A Federação das Indústrias do RN supervaloriza a produção, reduzindo o trabalhador a uma peça fora da máquina.
À dona FIERN, que se acha no direito de desrespeitar a nossa data base e sair demitindo à toa, vamos cobrar com juros cada lágrima rolada de todo trabalhador vítima dessa política de desemprego. Hoje, se fecha postos de trabalho assalariado, jogando o desempregado no olho da rua.
Crise não é nenhuma novidade nesse país. O que não pode é o trabalhador ter que pagar a conta daquilo que ele não consumiu. Ainda mais com medidas arbitrárias que sacrificam muitos empregos e aumentam a desigualdade social. Essa tem sido a estratégia da FIERN, que gerencia o desenvolvimento da indústria no Rio Grande do Norte sacrificando a classe trabalhadora.
O SENALBA/RN vai continuar organizando os(as) trabalhadores(as) da sua base para fortalecer cada vez mais a luta contra o desemprego e toda forma de exploração.