Reforma trabalhista só beneficia os patrões

589

Por Assessoria de Imprensa

1083393-img_5570_10.07.17
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio a escândalos de corrupção o presidente Temer e seus aliados comemoraram a aprovação da reforma trabalhista pelo Senado, por 50 votos a favor, 26 contra e uma abstenção.

Depois de sancionada pela Presidência da República e publicada no Diário Oficial da União, o projeto de lei que altera 117 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) entra em vigor no prazo de quatro meses.

A legislação trabalhista sofre uma profunda mudança e os trabalhadores perdem direitos históricos fundamentais. O governo e os patrões festejam a destruição da CLT, que na prática facilita o aumento do lucro do empresariado à custa de mais exploração da classe trabalhadora.

O fim da obrigatoriedade da contribuição sindical e a prevalência da negociação direta entre patrão e empregado enfraquece os sindicatos, legítimos representantes dos trabalhadores e das trabalhadoras. São muitos os prejuízos para a classe trabalhadora.
As novas regras legalizam o trabalho escravo no Brasil. Exemplo disso é o ponto que coloca em risco a vida de operárias grávidas ou amamentando que poderá trabalhar em local impróprio, como ambientes insalubres.

Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) a reforma trabalhista aprovada trará “prejuízos irreparáveis ao país e incontáveis retrocessos sociais”. Ao contrário do que afirma do presidente Temer as mudanças não gerarão empregos e só piora as relações de trabalho, reduzindo o poder de força do trabalhador.

Na verdade, a reforma trabalhista só beneficia as empresas e os patrões. Aos trabalhadores, resta a redução de salários sob ameaça de perder o emprego, ter as férias parceladas, a possibilidade de aumentar a jornada de trabalho, que pode chegar a 12 horas diárias, além de reduzir o intervalo de descanso.

→Confira como votou cada senador:

SIM

Aécio Neves (PSDB-MG)

Airton Sandoval (PMDB-SP)

Ana Amélia (PP-RS)

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Armando Monteiro (PTB-PE)

Ataídes Oliveira (PSDB-TO)

Benedito de Lira (PP-AL)

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Cristovam Buarque (PPS-DF)

Dalirio Beber (PSDB-SC)

Dário Berger (PMDB-SC)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Edison Lobão (PMDB-MA)

Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Elmano Férrer (PMDB-PI)

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

Gladison Carmeli (PP-AC)

Ivo Cassol (PP-RO)

Jader Barbalho (PMDB-PA)

João Alberto Souza (PMDB-MA)

José Agripino (DEM-RN)

José Maranhão (PMDB-PB)

José Medeiros (PSD-MT)

José Serra (PSDB-SP)

Lasier Martins (PSD-RS)

Marta Suplicy (PMDB-SP)

Omar Aziz (PSD-AM)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Raimundo Lira (PMDB-PB)

Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Roberto Muniz (PP-BA)

Roberto Rocha (PSB-MA)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Rose de Freitas (PMDB-ES)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Simone Tebet (PMDB-MS)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Waldemir Moka (PMDB-MS)

Wilder Morais (PP-GO)

Zezé Perrella (PMDB-MG)

NÃO

Álvaro Dias (Podemos-PR)

Ângela Portela (PDT-RR)

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

Eduardo Amorim (PSDB-SE)

Eduardo Braga (PMDB-AM)

Fátima Bezerra (PT-RN)

Fernando Collor (PTC-AL)

Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Humberto Costa (PT-PE)

João Capiberibe (PSB-AP)

Jorge Viana (PT-AC)

José Pimentel (PT-CE)

Kátia Abreu (PMDB-TO)

Lídice da Mata (PSB-BA)

Lindbergh Farias (PT-RJ)

Otto Alencar (PSD-BA)

Paulo Rocha (PT-PA)

Paulo Paim (PT-RS)

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Regina Sousa (PT-PI)

Reguffe (Sem partido-DF)

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Roberto Requião (PMDB-PR)

Romário (Podemos-RJ)

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

ABSTENÇÃO

Lúcia Vânia (PSB-GO)

AUSENTE

Acir Gurgacz (PDT-RO)

Hélio José (PMDB-DF)

Maria do Carmo Alves (DEM-SE)