Comissão de Constituição e Justiça da Câmara será a encarregada de analisar denúncia apresentada pelo Ministério Público
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara começa nesta quarta-feira a discussão do relatório de Sérgio Zveiter a favor da abertura de processo contra o presidente Michel Temer por suspeita de corrupção, como pede a denúncia apresentada pelo Ministério Público. A discussão é a fase que antecede a votação do relatório.
Já são dois os relatórios alternativos protocolados pedindo a rejeição da denúncia contra Michel Temer. Os autores são os deputados Hildo Rocha e Alceu Moreira, ambos do PMDB.
Caso o relatório de Sérgio Zveiter seja rejeitado, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça deve escolher logo após a votação outro parlamentar para apresentar um novo relatório, por isso os aliados do governo protocolaram o parecer alternativo ao do relator.
Há um acordo para garantir que todos os 122 membros titulares e suplentes da comissão, e mais 40 deputados não membros, possam discursar por cerca de dez minutos cada um.
A previsão é que isso demore mais de 40 horas. Os deputados da base aliada devem abrir mão de falar na comissão para reduzir o tempo de discussão e garantir que a denúncia seja votada até a sexta-feira.
Mas na opinião do deputado Chico Alendar, do Psol, mesmo assim, a votação ficaria para a próxima semana, já que as falas da oposição devem durar mais ou menos 24 horas e a comissão não vai realizar reuniões madrugada a dentro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez um apelo na tarde desta terça-feira para que os deputados permaneçam em Brasília esta semana. Maia quer garantir o número necessário de parlamentares para colocar a denúncia contra o presidente Temer em plenário ainda nesta sexta, se for possível.
A oposição criticou a decisão de Rodrigo Maia de abrir a sessão com 342 deputados presentes. Para o deputado Glauber Braga, do Psol, a sessão para votar a denúncia contra Temer só deveria ser aberta com mais de 500 deputados no plenário.
O líder do Psol também pede que a votação no plenário seja feita apenas em agosto. Na noite desta terça, o PPS, que tem dez deputados, anunciou que vai votar pela abertura de processo contra Temer.
Fonte: Brasil de Fato