Pela quinta vez seguida, o Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil apresentou alta com variação de 2% em junho último, atingindo 96,1 pontos. Na apuração anterior, a expansão tinha sido mais significativa: 2,8%. Cinco dos oito componentes apresentaram avanços: as taxas de juros de Swap 360; os Índices de Expectativas da Indústria, de Serviços e do Consumidor; e o Ibovespa.
O Iace é calculado em conjunto, desde julho de 2013, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e pela instituição norte-americana The Conference Board(TCB). Por meio dessa apuração, é possível fazer comparação dos ciclos econômicos do Brasil com os de outros onze países e regiões já cobertos pelo The Conference Board: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido.
Na pesquisa feita pelas duas instituições em torno do Indicador Coincidente Composto da Economia (Icce) do Brasil, sobre as condições econômicas correntes do país, houve queda de 0,1% e 98,1 pontos. Na revisão do indicador sobre os dois meses anteriores a junho mostra um recuo de 0,1%, em abril e uma alta de 0,3%, em maio.
O economista Paulo Picchetti, do Ibre/FGV, afirmou que “todos os indicadores de expectativas que fazem parte do Iace continuaram sua trajetória de elevação em junho, sinalizando uma potencial reversão do ciclo econômico ao longo do segundo semestre”.
Ele, no entanto, observou que o resultado do Icce, próximo de zero pelo quarto mês seguido,evidencia que “ essa reversão não é imediata e está condicionada à definição do ambiente político necessário para a melhora efetiva dos fundamentos econômicos”.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br