Aumento Real: Trabalhadores intensificam campanha salarial em SP

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Os empresários se recusam a conceder reajuste salarial, sindicalistas reagem e prometem fazer greves.

Neste 1º semestre, 4,7 milhões de trabalhadores, das bases de 856 entidades filiadas à Força Sindical em diferentes Estados, estão em campanha salarial. Deste total, 181 sindicatos e federações são do Estado de São Paulo e representam 1,2 milhão de trabalhadores.

“Sabemos que as negociações serão bastante difíceis devido à crise econômica que o País vem atravessando, mas temos de buscar o melhor nas negociações salariais”, declara Paulo Pereira da Silva, Paulinho, deputado federal pelo Solidariedade-SP.

“Claro que a crise atinge a todos, mas está muito mais difícil para quem recebe salário”, destaca Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo), que marcou para o dia 16 uma greve que tem por finalidade pressionar os patrões a negociar o reajuste salarial.

Com data-base em 1º de maio, a categoria negocia com os patrões. A reivindicação deste ano é o INPC mais 5% de aumento real. “Não têm condições de passar sem reajuste. Além de ser um direito, enfrentamos um custo de vida altíssimo”, afirma o sindicalista, com esperança de receber proposta patronal antes da greve.

“Estamos acompanhando os problemas políticos que estão ocorrendo, mas não podemos deixar que estas dificuldades impeçam as negociações”, diz Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da Fequimfar (Federação dos Químicos). “Se os patrões não melhorarem as propostas vamos nos mobilizar para a greve”, disse Serginho, que negocia com as destilarias e usinas de álcool.

Quem também está em negociação com as usinas de açúcar é a Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo). “A alimentação negocia também com outros setores, como o de doces e rações e carne”, segundo Antonio Vítor, presidente interino da entidade, que pretende mobilizar os trabalhadores para obter reajustes dignos para os trabalhadores.

Fonte: fsindical.org.br