INSS tem fila de 6 meses para pedir aposentadoria

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Quem planeja conseguir uma aposentadoria do INSS neste ano precisará de paciência.

A espera entre a data do agendamento e o atendimento chega a seis meses.

O Agora consultou datas disponíveis para pedir aposentadorias por idade e por tempo de contribuição em 59 agências na capital, na Grande São Paulo, no litoral e no interior paulista.

Em consulta feita na sexta-feira, para o benefício por tempo de contribuição, 48 unidades só tinham vagas a partir de 15 de abril, três meses após o agendamento.

Em 12 locais, só seria possível ir ao posto entre os dias 1º e 12 de julho.

Para os benefícios por idade, a espera também superava três meses em 44 locais.

Em três, havia datas disponíveis só em julho.

Não há prazo mínimo determinado por lei entre o agendamento e a data de entrada na agência, mas a espera deixa de ser razoável quando passa de dois meses, segundo a advogada Adriane Bramante, vice-presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário). ‘’ Essa espera ainda é consequência da greve, mas o INSS precisará colocar esses atendimentos em dia’, afirma.

Os funcionários administrativos do INSS ficaram em greve entre julho e setembro de 2015. Os peritos estão parados há quatro meses.
Quem tem direto ao beneficio recebe os valores, corrigidos pela inflação, de todos os meses em que esperou pelo atendimento. ‘’Porém, o segurado que descobrir que falta algum tempo de contribuição apenas no dia em que o INSS for analisar sua documentação, terá perdido meses à espera dessa informação.’’

Resposta: Paralisação aumentou a demora

A Superintendência Regional do INSS em São Paulo informou que a demora entre o agendamento e o atendimento nas agências se deve ao acúmulo de serviços provocado pela greve de funcionários administrativos.

O INSS fez um acordo com a entidade representativa dos servidores que permite o pagamento das horas paradas por meio da execução de atividades como reforço no atendimento ao público, análise de processos não concluídos e mutirões.

Fonte: fsindical.org.br