Terror no sistema FIERN

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//Por assessoria de imprensa | Fotografia: Rogério Marques

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Todo Mundo em Pânico. Este é o clima nos locais de trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Depois de anunciar dezenas e dezenas de demissões de maneira inesperada, o sistema FIERN causou pânico geral entre seus empregados, que agora vivem apavorados com os sintomas do desemprego ao redor.

Desde a quarta-feira passada (09/9) não param de ocorrer demissões em unidades do SESI, SENAI, IEL. Muitos foram surpreendidos com a demissão enquanto trabalhavam, sendo informados para largarem o trabalho porque estavam sendo demitidos. Algumas pessoas tiveram que ser socorridas em estado de choque devido a forma como foram efetuadas tais demissões.

Diante de tantas denúncias de desrespeito aos trabalhadores e do terror praticado pelo sistema FIERN, a direção do SENALBA/RN esteve em vários locais de trabalho e testemunhou o nervosismo que toma conta dos trabalhadores. Os abusos cometidos vão desde a maneira brutal, grosseira, como ocorreram as demissões, sem nenhuma preocupação com o ser humano, até o descumprimento dos direitos trabalhistas. A exemplo de membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e dirigente sindical, demitida de forma arbitrária. Atitudes nada coerentes com o que diz a missão da FIERN, que seria “a promoção da educação profissional e qualidade de vida do trabalhador”.

O mesmo ocorre com o Sesi e o Senai, que ao invés de cumprir a missão de “Promover a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes… além de estimular a gestão socialmente responsável da empresa”, jogam a ética na lata de lixo e passam a desrespeitar a própria conduta tão divulgada pela instituição. Assim, os direitos e a qualidade de vida dos trabalhadores são tratados a pontapés e com a prepotência daqueles que ora assumem o poder no sistema FIERN.

A valorização das pessoas, que seria uma das metas desse sistema, com o reconhecimento profissional e pessoal dos colaboradores, está sendo substituída pelo terror, que humilha e apavora os trabalhadores com a ameaça do desemprego.

O presidente do SENALBA/RN, Edinaldo Gomes, denuncia que “essas demissões se transformaram em atos de terrorismo. Até onde se sabia seriam demitidas as pessoas que teriam assinado o falso Programa de Demissão Voluntária (PDV). Porém, as demissões foram além, pegando pessoas prestes a se aposentar e quem tinha estabilidade. Um desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho e à Legislação trabalhista”.

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Segundo o diretor do sindicato, Luiz André , “O que estamos questionando é a forma grossa, desumana, como foram feitas as demissões de pessoas que prestaram bons serviços durante 20, 28, 30 anos na instituição. O Senai e o Sesi são instituições inclusivas, então como é que a própria indústria que defende a empregabilidade incentiva a demissão?”. Para André, o grande número de demissões gerou outro problema, que é a falta de professores para substituir os que foram demitidos. Ele afirma ainda que isso é uma ofensa ao ser humano, e questiona como é que o sistema FIERN prega uma coisa e pratica outra totalmente diferente.

Diferente do SESI e do SENAI, antes de implantar o Programa de Demissão Voluntária o SESC organizou um seminário para debater e informar sobre as possíveis demissões, inclusive colocando à disposição dos trabalhadores assessorias nas áreas de planejamento, financeira e psicológica.

Para combater toda forma de opressão e os abusos cometidos o SENALBA/RN está encaminhando ação judicial com o objetivo de preservar os direitos e cobrar da FIERN o devido respeito junto aos trabalhadores.