Força Sindical do RN se reúne com executiva nacional
Por assessoria de imprensa | Fotografia: Taian Marques
Dirigentes da executiva nacional da Força Sindical participam de reunião com executiva estadual.
De acordo com o Estatuto da Força Sindical cada regional deverá realizar pelo menos uma plenária estadual a cada ano. Para organizar a atividade no Rio Grande do Norte e discutir a pauta dos trabalhadores os secretários de relações sindicais, Geraldino Santos e Márcio Villalva, juntamente com o assessor político Hugo Perez, todos da executiva nacional, participaram de uma reunião com a executiva estadual do RN na última terça (14/4).
Antes da reunião Geraldino Santos bateu um papo com a nossa assessoria sobre a atual política nacional e a pauta dos trabalhadores. “Nós vivemos um momento de turbulência, como as medidas provisórias 664 e 665 que retiram direitos dos trabalhadores”, disse Geraldino. Para ele, os problemas estão na base, nos estados e municípios, como por exemplo a discussão sobre o salário mínimo regional. Além de outras questões como a mobilidade urbana. “Então, a central tem um papel muito importante nesse sentido. Por isso, a gente quer fazer essa integração, aproximar mais a executiva nacional com a direção de cada estado com o objetivo de fortalecer a luta da Central no país inteiro”, declarou.
→Confira como foi a entrevista com Geraldino:
Medidas provisórias 664 e 665
“Nós temos uma visão totalmente negativa. Temos que dizer não às medidas provisórias, mas isso já é uma realidade. Então, vamos lutar para, no mínimo, melhorar. Seguro desemprego de seis para dezoito meses, pensões e a questão da Previdência, nós não podemos aceitar do jeito que está nas medidas provisórias. Vamos entrar nessa negociação, agora vamos ver a nossa correlação de força.
Projeto de Lei 4330 que trata da terceirização
“O projeto da terceirização apresentado pelo deputado Sandro Mabel (PL-GO) terceirizava tudo sem nenhum critério. Então, a Força Sindical e outras centrais foram negociar com a presidência da Câmara. Foi quando o deputado Paulinho fez várias emendas melhorando a redação que iria para votação. Por exemplo, a empresa vai poder terceirizar, mas o trabalhador vai ficar sujeito à representação do seu sindicato de origem. Esse era o ponto mais polêmico. Além disso, impostos como FGTS, INSS, PIS, Confins é de responsabilidade da contratante. Então, as emendas apresentadas pelo deputado Paulinho foram no sentido de melhorar. Eu não tenho nenhuma dúvida que vai melhorar muito. Não somos a favor da terceirização, apenas negociamos para não perder tudo. Seria muito fácil levar milhares de trabalhadores em Brasilia, mas como ficava no outro dia? Então, nós optamos pela negociação para de fato melhorar o projeto. Para isso, tivemos o apoio do deputado Paulinho, que é presidente licenciado da Força Sindical.”
Crise política e manifestações pelo “Fora Dilma”
“Todo cidadão tem o direito de se manifestar, mas estamos vendo que é uma elite, muitos dos que estão indo às ruas é de extrema direita, inclusive pedindo a volta dos militares. Os atos têm razão quando falam dos problemas do Brasil, a falta de competência da presidente da república para governar o país. Mas sabemos que essas manifestações têm um pano de fundo, que é representado pelas elites. A manifestação em si é um direito da democracia, mas o conteúdo dessas manifestações nós não aprovamos”.