Sindicatos debatem a juventude no mundo do trabalho

717

Despertar o interesse dos  jovens para assuntos do mundo do trabalho e para atuar nos sindicatos é um dos desafios que os sindicalistas enfrentam hoje, em escala mundial e será discutido no Quarto Seminário Nacional da Juventude, que começa hoje (dia 4) e termina amanhã (dia5), na Colônia de Férias do Sindicato das Costureiras de São Paulo, na Praia Grande.

O evento é organizado duas vezes por ano e neste 2º semestre está a cargo da Força Sindical, informa Roberto Anacleto, técnico do Dieese na CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), associada da Central. “O objetivo do projeto”, diz ele, “é fortalecer a participação e a capacidade organizativa dos jovens trabalhadores sindicalistas, ampliando e promovendo a formação em todos os níveis das organizações sindicais, em âmbito nacional e internacional”.
Os jovens trabalhadores vão debater os temas “O que deve conter uma política para as mulheres e jovens no meu sindicato e confederação?” ; “Que proposta de estrutura podemos oferecer a nossos sindicatos e confederações?”; “qual o meu plano de ação para com os jovens e as mulheres?” e “Que avanço e desafios tenho encontrado para implementar meu plano de açao com a organização de mulheres e jovens no sindicato?

Trazer o jovem trabalhador para o sindicato é um trabalho muito difícil, avaliam os jovens que já militam no movimento sindical, mas é um desafio que os sindicalistas pretendem enfrentar. Uma delas é a Industriall Global Union, entidade que representa 50 milhões de trabalhadores e que luta por melhores condições de trabalho, além de direitos trabalhistas e sindicais.

“A juventude é uma etapa da vida em que a pessoa está totalmente voltada para o mundo, se torna flexível e muda de opinião rápido, saem dos projetos e das empresas apenas por  não gostarem do trabalho, enfim vivem mais o momento”, declara Cristina Rodrigues Cavalcanti, representante do Sindicato dos Brinquedos SP e dos químicos na Industriall Global Union.

Para Jéssica Cristina Leite, representante da área têxtil e pertencente ao sindicato da categoria de Londrina, a maioria declara não querer saber de política e que gostam de temas mais leves. “Uma alternativa é montar times de futebol para associados e não associados dos sindicatos para interagir e para eles irem aprendendo sobre o sindicalismo aos poucos”, destaca.

Maria Soares, assessora do Sindicato dos Trabalhadores em Vestuário de Maranguape (CE), afirma que “a principal dificuldade dos jovens era ter voz.  Agora já se escutam mais os jovens”.

Já Leonice Maria da Silva, do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e representante dos metalúrgicos na Juventude da Industriall, é uma prova que a entrada do jovem no sindicato é difícil mas não impossível. “Gosto do que faço”, conta ela. “Entro no trabalho às 13h30 e quando tem panfletos para distribuir fico atuando até 1 hora da madrugada”, ressalta.

 

Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical