Ato na Paulista exige mudanças na economia
Mudanças na política econômica, negociação sobre os itens da Pauta Trabalhista e críticas aos gastos com a Copa do Mundo foram as reivindicações que reuniram cerca de 10 mil trabalhadores de Sindicatos ligados à Força Sindical, em protesto realizado em frente ao prédio do Banco Central (BC), na avenida Paulista, no início de junho.
“O trabalhador está pagando a conta da crise porque a economia quase não cresce, não gera emprego de qualidade, não distribui renda nem riqueza”, discursou o presidente da Central, Miguel Torres. Para o presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, os burocratas que definem a política econômica do País não levam em conta as necessidades do povo. Resultado: o salário e o emprego apresentam desempenho medíocre.
Categorias – O protesto reuniu costureiras, metalúrgicos, estivadores, trabalhadores da alimentação, da indústria de brinquedos, da construção civil e da construção pesada. O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva, criticou o governo federal por não ter programado investimentos nos portos brasileiros, conforme havia prometido durante as negociações realizadas por ocasião da greve nacional da categoria, deflagrada no ano passado. “A presidenta (Dilma Rousseff) mentiu”, acusou ele.
“Temos de mostrar que os trabalhadores estão descontentes com o salário corroído e com a inflação alta”, acrescentou o secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
1º de Maio – A realização do ato foi aprovada pelos trabalhadores que compareceram ao 1º de Maio da Força Sindical. Antes de 6 de junho, os metalúrgicos de São Paulo promoveram uma série de manifestações no dia 15 de maio. Cerca de 10 mil trabalhadores protestaram contra a desindustrialização e os juros altos, ao mesmo tempo em que defenderam o emprego. Miguel declarou que o movimento sindical está revoltado com a presidenta Dilma Rousseff por ter se recusado a negociar com os representantes dos trabalhadores.
Entre outras reivindicações específicas, eles querem redução da jornada de trabalho sem o corte nos salários, revogação da lei do Fator Previdenciário, manutenção da lei que reajusta o salário mínimo, derrubada do projeto de lei que amplia a terceirização, valorização das aposentadorias e correção da tabela do Imposto de Renda na fonte.
//Fonte: Força Sindical