Fofocas e discussões podem prejudicar ambiente de trabalho

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O local de trabalho é onde as pessoas passam a maior parte do dia. Por isso, quanto mais agradável conseguirem deixá-lo, mais a atividade desempenhada tende a render e a ter mais qualidade. Escutar música alta no fone de ouvido, navegar demais nas redes sociais, fofocar e discutir sobre assuntos polêmicos, porém, estão entre as atitudes que interferem negativamente neste ambiente.

Conforme orienta a especialista em Recursos Humanos da Vagas Tecnologia Erica Isomura, qualquer imagem errada gerada na empresa pode ser decisiva para a carreira. “Você precisa decidir que imagem quer passar no ambiente corporativo. Se ela for negativa, o impacto gerado também será negativo em toda a sua carreira. Por exemplo, alguém que se importa em cuidar da vida das pessoas. Essa pessoa vai falando de um para o outro. Espalhando determinada informação. Essa pessoa acaba ficando com reputação ruim.”

A fofoca é um dos itens apontados que mais interfere na produtividade e em um bom ambiente. “Nunca se deve falar mal de um colega. Se não tiver nada de bom para falar, o melhor é não falar nada. Mas, se tiver, é importante ser sincero e fazer este elogio”, aconselhou Erica.

Já para quem resolve se desligar do mundo e escutar uma música para produzir mais rápido, a ação também pode não ser vista com bons olhos. Por mais que a atividade do funcionário possa ser desenvolvida sozinha, o volume pode atrapalhar o vizinho. “Isso sem falar que ele pode não ouvir um chamado do chefe ou até mesmo o telefone”, afirmou.

As discussões sobre assuntos polêmicos também devem ser evitadas. O motivo é que elas podem gerar um desconforto em defender verdades ‘absolutas’ em que um colega acaba não respeitando a opinião do outro. “Conversas que exigem um tom mais crítico são positivas, desde que sejam mantidos os limites da civilidade. Porém, elas não devem ser feitas no meio do expediente e sim durante um cafezinho, um almoço ou happy hour. por exemplo. No dia-a-dia, o funcionário deve focar na prestação de serviços para a qual foi contratado”, afirmou a professora de Recursos Humanos da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Valquiria Stafocher.

“É preciso respeitar o que o outro está dizendo. Não é a mesma relação que se tem em um churrasco, na casa de parentes”, concordou a especialista em Recursos Humanos Erica.

As redes sociais, cada dia mais presentes no meio corporativo devem ser usadas com ponderação. “Há empresas que permitem bastante o uso, considerando que os jovens conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Porém, há outras companhias cujas políticas não permitem, e o uso acaba sendo uma falha, gerando punição. O empregado deve observar a postura da firma quando ingressa na empresa”, disse a professora.

“No fim, tudo é muito sutil. O importante é tentar solucionar civilizadamente todo problema que surgir. Você é responsável pelo seu ambiente, o melhor lugar para se trabalhar quem cria é você. E pessoas felizes produzem mais e melhor”, afirmou Erica.

//Fonte: Força Sindical