A oficina das centras sindicais “Um outro mundo é possível com trabalho decente”, reuniu vários representantes dos trabalhadores, de diversas regiões do mundo para refletiram sobre o tema. A atividade foi dividida em três grandes temas e aconteceu na Usina do Gasômetro, nesta sexta-feira, 24.
O presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, fez a abertura da oficina e destacou a unidade das entidades para realizarem o evento.
“Através das Centrais e dos nossos encaminhamentos, acreditamos que um novo mundo é possível” destacou. O dirigente ainda afirma que o este espaço irá discutir o tema principal que é o Trabalho Decente”, destacou o sindicalista e vereador.
Para abordar o tema “Liberdade Sindical e Práticas Antissindicais”, foi convidada a secretária de Mulheres da CUT Nacional, Rosane Silva. Ela afirmou que a Convenção 151 da OIT ainda não foi regulamentada. “Há dúvida sobre essa plena democracia que vivemos. Que democracia é essa que os trabalhadores não têm o direito de se organizar no local de trabalho?”, questionou a dirigente.
Em seguida, o professor da Universidade Federal do Paraná, Sandro Lunardi, defendeu que não existe democracia sem democracia no ambiente de trabalho, liberdade de negociação e respeito ao direito de greve. “O Ministério Público é um grande aliado do movimento sindical em várias bandeiras”, lembrou.
Para Lunardi, o que é fundamental destacar no tema é que inexiste de maneira clara, uma legislação que faça a criminalização dos patrões quando praticam atos antissindicais.
“Portanto é fundamental que a classe trabalhadora estabeleça uma agenda de criminalização de ato sindical, que não é mais possível conviver com a ausência de liberdade sindical nos locais de trabalho”, frisou.
Ainda segundo o professor, são elementos fundamentais para que os trabalhadores possa ser reconhecida a liberdade: a regulamentação do artigo 11 da constituição federal estabelecendo a organização do local do trabalho, os direitos dos trabalhadores exercitarem a greve sem qualquer intervenção judicial e especialmente sem terem direito de organizarem as suas atividades sindicais podendo fazer as negociações coletivas e estabelecendo as suas contribuições legitimamente decidida nas assembleias. sindical e terem proteções contra atos antissindicais.
Sérgio Bassoli, da CGIL da Itália, definiu a liberdade sindical como pilar fundamental de uma democracia. “Precisamos enfrentar o neoliberalismo e o poder das multinacionais, e a solução é a unidade das centrais sindicais a nível global”, disse Bassoli.
Para concluir os debates acerca do tema, o venezuelano José Elias Torres, declarou que os meios de comunicação poderiam ser grandes aliados da democracia e da liberdade sindical.
|Fonte: Força Sindical